Silêncio Feliz
Silêncio Feliz

 


Fim de tarde, já não havia mais por do sol, já estava anoitecendo. Aquele tempo fechado e eu prevendo sinal de chuva. Ia seguindo em frente, sem rumo, como se não tivesse destino para onde ir nem a onde chegar. Escureceu, o tempo fechou-se para dentro de si. Chovia. Eu estava bem acompanhado; de chuva, de árvores, de pássaros e Deus. Era um dia cinza, um dia banal. Lá estava eu, indo por dentro da chuva, caminhando-me felizmente. Não importava-me as roupas, a camisa nova, ou o shorts novo, nem a sandália nova, nem o resfriado depois. Eu queria sentir cada gota entrando-me por dentro e me limpando, e cada uma dessas gotas de garoa fina ia misturando-se às minhas lágrimas que caiam sobre o meu pranto contido desde quando comecei a caminhar. Porque aquele dia, naquela tarde cinzenta, aquela chuva significava todos os choros que nunca conseguiria chorar em vida.

 

Fernando Oliveira

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Neste mundo onde pessoas não dão o devido valor ao que tem ao lado, amar-me é a única salvação.


Cada um tem exatamente o anjo que merece. Eu tenho o meu!



O amigo verdadeiro é aquele que enxerga as lágrimas que você não chora, mas que estão findadas em teus olhos. Enquanto o outro acredita no sorriso que você finge.



E recebi dela um cartão-postal todo florido, com palavras de amor. Perdi o cartão, perdi o amor. Ficou-me a lembrança.



Nunca fui tão bonito, mas sempre fui um cara maneiro divertido.


Sempre fui das bagunças. Sou bagunceiro nato. Adoro quem comete erros. Andar certo me cansa, pois vivo sempre fora das leis. Eu faço as minhas leis. Eu sou a liberdade que eu quero.


Prazer, um malandro adorável. E aí, vai querer?