Amiga: – Eu tô mal. Tô na pior. Quer dizer… é exagero, eu sei, mas é assim como eu me sinto. Algumas coisas tem me deixado pra baixo ultimamente. Eu conto tudo para os meus ”amigos”, mas eles não entendem, ou entendem, mas não se importam com isso. (por isso as aspas).
Eu: O que acontece menina? Homens de novo?
Ela: Também, (risos). Tem o Eduardo (eu já falei dele pra você), o garoto que eu gosto e que não conversa comigo oficialmente há quase 2 meses. Casualmente há 3 semanas. Sabe, eu já fui rejeitada de muitas formas, por muitas pessoas, em várias datas. Mas de tanto as pessoas me rejeitarem e depois voltarem, acho que criei na minha cabeça a ideia de que sou ”insubstituível”, então simplesmente não aceito que não era pra ser assim. Sei lá, ele tinha que sentir a minha falta também. Nem que fosse só como amiga, como uma simples amizade. Ele se foi. Se despediu. Me varreu como lixo e whatever. Não era pra ser assim. Não queria que fosse dessa forma. Ele tinha que sentir minha falta. Aliás, vamos pensar com certeza – ele tem que sentir a minha falta – devia se preocupar comigo também. Qualquer besteirinha; poxa, ele deveria se importar. Mas ele não se importa, ou se importa, eu não sei. Nunca me disse.
Eu: – Menina… não, não e não! Pare com isso. Não se importe com isso. Se ele não te procura, não se importa, não vai atrás de você, não liga pra perguntar – oi, você tá bem? como tá a sua vida? e o teu coração? – se ele não faz essas coisas que a gente chama de preocupação, é porque ele consegue viver bem sem você. Ele agora está vivendo a vidinha dele, viva a tua também. Certo? o mais feio é você ficar ai, toda imunda, patética, sentada, chorando pelos cantos, e se preocupando com isso. Pô, acorda menina. Dá a volta por cima. Seja forte. Seja você.
Amiga: – Eu dou a volta por cima, só se for com ele. Eu Eu sou forte, mas só com ele. Eu sou eu, só quando estou com ele. Ele se foi, me rasgou toda. Me sinto perdida dentro de mim. Isso dói.
Eu: – Menina, olha… não fica assim não. Eu sei que é horrível (já passei muitas vezes por isso). É chato se importar com alguém e esse alguém não estar se importando pela sua importância. É ruim quando a gente se apega à alguém, e esse alguém nos deixa. A gente fica assim, perdido e só.
Amiga: – É complicado. Tu sabe. Mas e essa dor? o que eu faço?
Eu: – Olha, eu sei que parece que você vai explodir, mas não explode. Eu sei que parece que você não vai aguentar com tudo isso que está sentindo, mas aguenta. Dor é assim mesmo, arde, machuca, rasga, sangra. Mas depois passa. Eu sei que agora você tem uma vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nessa situação, nesse momento tão difícil não é um bom lugar para se estar. Essa fogueira que acenderam dentro da sua barriga, essa sensação toda de que pegaram teu coração tão sensível e torceram com uma toalha molhada – isso tudo é difícil de acreditar – relaxa, que vai virar só uma lembrança na memória.
Amiga: É tão triste. Pior que eu não sei o porquê, talvez eu nunca saiba. Talvez eu nunca retorne a vê-lo sorrindo. Mesmo que de longe, sem mim… mas ainda seria o sorriso dele.
Eu: É triste sim. E muito… a gente sempre pensa que nunca vai passar, que essa dor, essa sensação de estar se sentindo um lixo, um derrotado, um merda não vai passar. Mas passa. A gente pensa que essa pessoa que faz a gente ficar assim, todo cheio de dor, toda cheia de dor, triste, acabado, acabada, sozinho, sozinha seria a ”unica” pessoa que podia fazer a gente feliz, ou a gente mesmo podia fazê-la feliz. Mas não. Você sabe, o nosso futuro é brilhante. O futuro trará pessoas fantásticas, o futuro tem alguém guardadinho para nós. Tem alguém tão especial para nós numa caixa, embalado, amarrado, fechado em 7 cadeados. Mas o futuro só irá abrir quando for a nossa hora. Quando for o nosso dia. Compreende? enquanto não é a nossa hora nem o nosso dia, o presente fica trazendo pessoas no qual a gente inventa com ela, aquilo que na realidade não é. É só esperar menina… que o futuro trará uma pessoa brilhante. Porque ele trás, sempre trás.
Amiga: – É. Eu sei. (triste)
Eu: – Estou na mesma situaçãozinha que você, só que mais complicado.
Amiga: – Quer compartilhar?
Eu: – Me entreguei. Gostei. Amei. Mas não fui correspondido.
Amiga: – Me conta tudo?
Eu: – Eu não gosto de me explicar. Não gosto de contar os meus problemas, ninguém entenderia. Pois guardo tudo pra mim. Eu vou me acumulando, me acumulando, que chega um dia que eu explodo em palavras.
Amiga: – Se quiser “explodir” comigo, acho que entenderia.
(Silêncio)
Eu: Prefiro não comentar.
Fernando Oliveira
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Neste mundo onde pessoas não dão o devido valor ao que tem ao lado, amar-me é a única salvação.
Cada um tem exatamente o anjo que merece. Eu tenho o meu!
O amigo verdadeiro é aquele que enxerga as lágrimas que você não chora, mas que estão findadas em teus olhos. Enquanto o outro acredita no sorriso que você finge.
E recebi dela um cartão-postal todo florido, com palavras de amor. Perdi o cartão, perdi o amor. Ficou-me a lembrança.
Nunca fui tão bonito, mas sempre fui um cara maneiro divertido.
Sempre fui das bagunças. Sou bagunceiro nato. Adoro quem comete erros. Andar certo me cansa, pois vivo sempre fora das leis. Eu faço as minhas leis. Eu sou a liberdade que eu quero.
Prazer, um malandro adorável. E aí, vai querer?